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Publicações - Quatro Rodas nº 251 de junho de 1981 Sem fumaça, sem ruído:
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![]() O acesso ao compartimento de cargas é feito por uma única porta lateral |
![]() A cabina, confortável, tem um painel simples e acabamento bem sóbrio |
Duração das baterias
Um dos pontos que penalizam economicamente o veículo elétrico tem sido o número de recargas admitidas para as baterias. As do E-400 – duas unidades de 175 amperes/hora tipo chumbo ácido –, iguais às usadas em auto-tração, como, por exemplo, empilhadeiras, suportam de acordo com as especificações da fábrica 800 recargas, número que que pode aumentar se, durante seu uso, não se deixar que se descarreguem totalmente. Assim, admitindo-se um uso diário do carro, pode-se chegar a três anos antes da necessidade de trocar as baterias.
Esse fato é muito importante, pois o conjunto de baterias custa cerca de 25% do preço do veículo elétrico. Em termos atuais, o preço aproximado de E-400 é Cr$ 900.000,00 as baterias custam Cr$ 222.000,00. Para evitar o problema de uma despesa elevada, contudo, é pensamento da Gurgel estabelecer um sistema de leasing para as baterias: elas seriam trocadas, ou diariamente ou após determinado período de uso, contra o pagamento, pelo dono do carro de uma quantia pré-fixada.
Parece-nos que o sistema constitui brilhante solução para o problema, sobretudo quando o carro começar a ser vendido também a particulares.
O mercado visado
Inicialmente o E-400 será reservado a companhias estatais, o que permitirá à Gurgel receber e avaliar uma série de informações relativas ao uso, comportamento, consumo e desgaste dos seus veículos de fontes mais confiáveis do que os usuários comuns. Outra vantagem dessa análise é a de que ela se estenderá por uma quilometragem maior, e eliminará, pelo uso de muitos veículos no mesmo tipo de serviço, qualquer anomalia atípica. Mas logo depois é pensamento da Gurgel abrir a venda do E-400 para o público em geral, o que poderá ocorrer ainda este ano.
Para o público, além da versão furgão que serviu para essas “impressões ao dirigir”, serão oferecidos mais dois modelos: uma picape, de grande utilidade para cargas leves(sua capacidade é de 400 kg), e uma perua para cinco pessoas. Será esta última versão, naturalmente, a que atrairá maior interesse dos que buscam um meio mais econômico de transporte urbano.
O E-400 é, em nossa opinião, fruto de um design particularmente feliz e as fotos, de uma forma geral, não lhe fazem muita justiça – ao vivo, a impressão que ele dá é mais agradável: a de uma van, em tamanho um pouco menor, com uma frente agressiva, lembrando alguns trens de alta velocidade, e uma relação altura/largura que parece achatá-lo ao solo. Pensamos até mesmo que uma versão com motor tradicional (a gasolina ou álcool), poderia ganhar, sem muito esforço, sua fatia no mercado nacional. Principalmente por causa de sua capacidade de carga, que poderia ser superior a uma tonelada com a eliminação de todo o atual conjunto de baterias.
Conclusão
O carro elétrico da Gurgel hoje uma realidade indiscutível. O seu desenvolvimento remonta a 1973, e o seu primeiro protótipo foi apresentado em 1974 (hoje ornamenta o salão de entrada da fábrica, em Rio Claro).
João Gurgel: o velho sonho, agora real
Pelas suas características será sempre um carro de uso preponderantemente urbano, no qual a elasticidadede marcha vale muito mais do que o desempenho em termos absolutos. E com a facilidade de poder ser recarregado onde existir uma tomada elétrica, sem necessidade, durante isso, nenhuma atenção.
Para seu uso por frotas, a eventual substituição do conjunto de baterias não apresenta qualquer problema de ordem comercial. Para o usuário comum, a idéia do leasing das baterias nos parece ser a solução mais indicada. E, para todos, a inexistência de qualquer necessidade de regulagens freqüentes do motor a gasolina ou a álcool, representa uma vantagem, tanto no aspecto econômico como no de tempo ganho.
Reportagem enviada por Luiz Ribeiro